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TRABALHO ESCRAVO NA INDÚSTRIA DA MODA


“Foto: Jornal Giro ABC”

Muita gente pensa que roupa é só glamour e não percebe o que tem por trás disso tudo. Segundo pesquisa realizada pela fundação Walk Free em 2018, a indústria da moda é o segundo maior setor envolvido com trabalho escravo no mundo, e isso deve ser responsabilidade tanto de quem consome quanto de quem vende.


O trabalho escravo na moda mundial


A moda é o segundo setor que mais explora pessoas no mundo, perdendo apenas para a tecnologia. São aproximadamente 40 milhões de pessoas trabalhando em péssimas condições, e mais de 70% são mulheres.


Prédio que desabou em Dhaka “Foto: Site Terra”

Tudo isso envolve trabalho exaustivo em jornadas extremamente pesadas, salários baixíssimos e condições precárias em locais que, em grande parte, servem de moradia para essas pessoas e estão sujeitos a incêndios e falta de higiene. Em 2013 um prédio em Dhaka desabou matando mais de 400 das 3 mil pessoas que estavam trabalhando para a rede Primark em local inabitável.






O trabalho escravo na moda nacional


Segundo o site Brasil de Fato Mais de 35 marcas brasileiras estão envolvidas com o trabalho escravo, seja por falta de monitoramento dos fornecedores ou por falta de medidas de combate. Aproximadamente 400 costureiros já foram encontrados trabalhando em situações precárias no Brasil para serviços terceirizados de grandes marcas nacionais, e a maioria são imigrantes.


Em dezembro de 2018 a marca Amissima foi acusada por contratar duas confecções com trabalhos precário: imigrantes com jornada de 12 horas, viviam no local sem higiene e recebiam apenas 9 reais por peça confeccionada - desses 9, apenas 6 eram repassados aos trabalhadores e os outros 3 para o operário. Os vestidos custam em média 1000 reais na loja.


Medidas


Algumas posturas foram adotadas para a prevenção dessas situações. As marcas internacionais como Adidas, Nike e Calvin Klein começaram a divulgar a lista de fornecedores nos sites para maior controle.

No Brasil existe o aplicativo e site Moda Livre que avalia e monitora marcas com quatros quesitos: política, monitoramento, transparência e histórico. No final essas marcas recebem uma cor que pode ser: vermelha ( piores avaliações ou se recusam a informar), amarela ( adotaram medidas mas possuem histórico ruim ou ações pouco eficientes), verde ( histórico favorável e ações positivas de controle) ou cinza (não responderam os questionários ainda e em 6 meses sem resposta migram pro vermelho).



Moda Livre


Para saber se as marcas que você consome não colaboram com o trabalho escravo é só acessar o site moda livre ou baixar o aplicativo moda livre (Android ou IOS). Você pode buscar pelo nome da marca, ver o ranking comparativo, a pontuação recebida e ter um relatório detalhado nos quatro quesitos para entender a avaliação final. O aplicativo foi criado pela Repórter Brasil com base nas fiscalizações do governo federal e questionários respondidos de forma voluntária pelas marcas.


Você já parou para pensar quem faz suas roupas e qual a procedência delas?


Por Alanis Galvão






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