Quantas vezes você já assistiu ou viu imagens de um desfile de moda e pensou: “ninguém nunca vai usar essas roupas”? Na verdade, você não está de todo errada ao pensar isso. Acontece que, algumas vezes, as roupas desfiladas realmente não foram feitas para serem usadas ou consumidas pelo público. Vamos conversar um pouco, então, sobre a diferença entre os desfiles conceituais e os comerciais. Antes de tudo, é importante sabermos que ambos têm uma finalidade em comum (vender), porém com abordagens bastante diferentes.
Os desfiles comerciais têm como objetivo chamar a atenção do cliente para as peças em si, para estes desejarem comprá-las. Nesse caso, ele serve praticamente como um lookbook para a marca, com as peças prontas para consumo - inclusive, a maioria dos convidados desses desfiles já são clientes da marca, que mais tarde irão comprar os produtos apresentados. Assim, o desfile comercial tem uma abordagem mais “literal”. Já o desfile conceitual busca apresentar o conceito e a inspiração do estilista por trás da coleção. Aqui, ele deseja provocar no público uma reflexão artística, muitas vezes sendo apresentado em forma de performances que se aproximam muito da arte (já conversamos sobre essas aproximações por aqui! Veja o post Moda é Arte?). Nesse caso, as roupas nem sempre são pensadas para serem usadas pelo público final, mas sim para ajudar na representação do conceito em si, e por isso acaba tendo pouca compreensão por parte de um público não interessado por moda.
As peças desses desfiles nem sempre são colocadas à venda, ou são, mais tarde, adaptadas para tal. Mesmo assim, desses desfiles saem muitas das tendências que passam a ser difundidas até chegar às massas, principalmente de características mais específicas, como cores, texturas e tecidos. É importante darmos destaque aos truques de styling utilizados nesses desfiles: você pode não usar as combinações apresentadas no desfile, mas talvez possa usar as peças separadas. Além disso, alguns desses truques podem ser reproduzidos e adaptados para serem usados no dia-a-dia.
Fontes: Site Super Abril, Revista Galaxy e Revista Vogue
Por Alanis Galvão
